A nossa Soprano, a D. Beatriz, presenteou-nos uma vez mais com um poema sobre a aventura do Grupo Coral nas terras da Feira. Aqui fica:
Ao ouvir falar em festa
Lá vou eu, mais que ligeira
Fui com o coral da Jobra
A Santa Maria da Feira.
Não é que eu cante bem,
Mas admiro a arte
E lá fui com o coral
A cantar no Europarque.
Crianças, jovens e adultos,
Unidos nos mesmos afectos,
E eu lá no meio deles,
Parecia a avó entre os netos.
Às vezes quero desistir
Porque já não tenho idade,
Mas a ida aos ensaios
Faz bem à minha saudade.
Eu não canto por bem cantar,
Nem canto com alegria,
Mas no meio da juventude
Tenho menos nostalgia.
Até me esqueço que sou velha,
E p’ra cantar não tenho idade,
Esqueço as minhas tristezas, minoro a
minha saudade.
Às vezes, eu canto, canto,
Mas quando é chegada a hora,
Minha boca canta, canta,
Mas o meu coração chora.
Eu vivo com saudade,
E uma grande nostalgia,
Às vezes finjo que canto
Finjo e não tenho alegria.
E a quem importa
Esta minha solidão?
Para que estou a escrever
O que sente o meu coração?
Isto é só para dizer
Que quando é chegada a hora,
Podemos cantar, cantar,
Mas a cantar também se chora.
Quem vive sozinha é como
Quem não tem eira, nem beira
Eu vou mas é escrever
Sobre Santa Maria da Feira.
No palco todos tocavam
Com amor e emoção,
Tambores, violinos e flautas,
Mais as danças de salão.
O coro esteve no palco,
Com fidalguia e raça.
Deu apenas para mostrar
Um arzinho da sua graça.
O maestro não esteve mal
E parecia gente fina,
Mas eu preferia que a reger
Estivesse a Carolina.
No fim do ensaio fomos
O nosso lanche fazer.
Ver os peixinhos no lago
E dar-lhes pão a comer.
Uma volta pelo parque,
Pequenina e ligeira.
É bonito este espaço,
Em Santa Maria da Feira.
O parque é muito bonito,
É rica a Natureza,
O intervalo do ensaio
Foi passado em beleza.
Havia peixes no lago,
Bancos para descansar,
Quem fosse jovem podia
Sentar-se e namorar.
Ainda houve quem cantasse,
Com gargantas afinadas.
Houve fado e canções,
Só não houve guitarradas.
E assim findou a noite,
Que era de S. João.
Muita música e cantigas,
Sem alho porro na mão.
Lá vou eu, mais que ligeira
Fui com o coral da Jobra
A Santa Maria da Feira.
Não é que eu cante bem,
Mas admiro a arte
E lá fui com o coral
A cantar no Europarque.
Crianças, jovens e adultos,
Unidos nos mesmos afectos,
E eu lá no meio deles,
Parecia a avó entre os netos.
Às vezes quero desistir
Porque já não tenho idade,
Mas a ida aos ensaios
Faz bem à minha saudade.
Eu não canto por bem cantar,
Nem canto com alegria,
Mas no meio da juventude
Tenho menos nostalgia.
Até me esqueço que sou velha,
E p’ra cantar não tenho idade,
Esqueço as minhas tristezas, minoro a
minha saudade.
Às vezes, eu canto, canto,
Mas quando é chegada a hora,
Minha boca canta, canta,
Mas o meu coração chora.
Eu vivo com saudade,
E uma grande nostalgia,
Às vezes finjo que canto
Finjo e não tenho alegria.
E a quem importa
Esta minha solidão?
Para que estou a escrever
O que sente o meu coração?
Isto é só para dizer
Que quando é chegada a hora,
Podemos cantar, cantar,
Mas a cantar também se chora.
Quem vive sozinha é como
Quem não tem eira, nem beira
Eu vou mas é escrever
Sobre Santa Maria da Feira.
No palco todos tocavam
Com amor e emoção,
Tambores, violinos e flautas,
Mais as danças de salão.
O coro esteve no palco,
Com fidalguia e raça.
Deu apenas para mostrar
Um arzinho da sua graça.
O maestro não esteve mal
E parecia gente fina,
Mas eu preferia que a reger
Estivesse a Carolina.
No fim do ensaio fomos
O nosso lanche fazer.
Ver os peixinhos no lago
E dar-lhes pão a comer.
Uma volta pelo parque,
Pequenina e ligeira.
É bonito este espaço,
Em Santa Maria da Feira.
O parque é muito bonito,
É rica a Natureza,
O intervalo do ensaio
Foi passado em beleza.
Havia peixes no lago,
Bancos para descansar,
Quem fosse jovem podia
Sentar-se e namorar.
Ainda houve quem cantasse,
Com gargantas afinadas.
Houve fado e canções,
Só não houve guitarradas.
E assim findou a noite,
Que era de S. João.
Muita música e cantigas,
Sem alho porro na mão.
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